Maconha medicinal no Brasil?
Vitórias judiciais e pesquisa de remédio nacional aumentam esperança de pacientes, segundo reportagem especial do UOL.
O primeiro remédio à base de maconha aprovado no Brasil deve chegar às farmácias a partir de junho. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na última semana [fevereiro de 2018] o registro do Mevatyl, usado para sintomas da esclerose múltipla. Na sua composição há o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD) – substâncias que já estiveram na lista de proibição da agência.
A liberação do medicamento vem na esteira de decisões judiciais que permitem a pelo menos três famílias plantar maconha sem risco de serem presas por isso. Esses avanços no uso da maconha medicinal podem preceder o desenvolvimento de um remédio nacional, objetivo do projeto Fio-Cannabis, da Fiocruz.
Pesquisas em universidades como Unifesp, berço da Maconhabrás, e UFRJ já estudam os extratos da maconha, apesar da dificuldade de conseguir a matéria-prima ilegal no país.
O Fio-Cannabis, no entanto, vai além e pretende desenvolver um medicamento nacional. Para isso, uma parceria com o projeto da UFRJ, que analisa a composição dos extratos de maconha importados ou produzidos clandestinamente no Brasil, servirá de banco de informações sobre combinações já usadas por pacientes.
Os primeiros exames clínicos, feitos pela parceria, vão focar pacientes de epilepsia. Quando você presencia uma criança com convulsões e vê a melhora dela depois de tomar o remédio, é algo muito impactante.
Virgínia Carvalho, pesquisadora em Toxicologia da UFRJ
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Fonte: UOL