OMS muda classificação de ativos da cannabis após 60 anos

Os defensores da legalização da cannabis ganharam mais um argumento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a planta e seus principais componentes sejam reclassificados em tratados internacionais contra drogas. Os especialistas da entidade pedem que a maconha e o haxixe (obtido a partir da resina da cannabis) sejam removidos do Schedule IV, a categoria mais restritiva de uma convenção mundial de drogas realizada em 1961, assinada por países de todo o mundo.

O Schedule IV é a categoria reservada para substâncias particularmente nocivas e com pouco uso medicinal. Atualmente, é nela que se enquadram as drogas mais perigosas, como como LSD ou heroína.

O documento ainda não foi oficialmente formalizado, mas já está circulando entre os defensores da substância, relata a Forbes. No pedido, os especialistas querem que a planta, o haxixe e o tetraidrocanabinol (THC) sejam todos designados no Schedule I, onde se enquadram substâncias menos danosas e com propriedades curativas ou medicinais.

O mesmo documento também solicita que o enquadramento do canabidiol seja revisado. De acordo com o pedido, o óleo feito da substância extraída da cannabis que contiver menos de 0,2% de THC não deveria sequer entrar nas restrições do tratado internacional.

Se acatadas, as recomendações representariam um reconhecimento formal de que os organismos regulatórios estiveram errados por décadas sobre os efeitos da maconha. A nova posição da OMS vai ao encontro das políticas públicas empregadas em diversos países, cada vez mais abertos à maconha.

“O posicionamento da maconha no tratado de 1961, sem evidências científicas, foi uma terrível injustiça. Hoje, a OMS tem a oportunidade de corrigir um erro. Espero que a política não atrapalhe a ciência”, afirmou Michael Krawitz, veterano da Força Aérea dos Estados Unidos e defensor da legalização da maconha.

Fonte: Época Negócios

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