Conheça 7 argumentos para conversar sobre benefícios da Cannabis Medicinal com quem, talvez, precise e não saiba
Por Thiago Ermano| Atualizado em 26 de março de 2023
Tem gente que vive no século 21, outras com a cabeça ainda no século 15; e gente mais atrasada socialmente ainda, parecendo que veio do século 11. Vai discutir? Vai perder a chance de convencer (com argumentos irrefutáveis) alguém que pode apoiar a causa? “Não! Vai educar, vai esclarecer”, parafraseando o humorista Luis Miranda, em um de seus personagens de stand-up comedy.
O primeiro passo para dialogar sobre Cannabis Medicinal é ter sensibilidade para entender que as pessoas, em geral, tem preconceitos e crenças limitantes arraigadas. Lembremos que são mais de 83 anos de demonização da planta, erroneamente conhecida como erva. Você mesmo deve ter ouvido de alguém de sua família o famoso conselho: ‘cuidado com maconheiros!’ Tenha calma e muita gentileza na abertura de qualquer papo – e não fale nada de Cannabis Medicinal ainda – e nem tente desmitificar que maconha não faz mal.
Infelizmente, o próprio Estado e nossos Legisladores sustentaram (e sustentam ainda) a Pedagogia do Medo, uma teoria na qual utilizam-se estímulos negativos e técnicas de pressão, ameaças e chantagens, sem a necessidade de diálogo ou convencimento racional.
Para ajudar a compreender melhor nosso passado e identificar as conexões com os tempos atuais, sugerimos a leitura de um trecho específico do livro “A pedagogia do medo: disciplina, aprendizado e trabalho na escravidão brasileira”.

A segunda dica é para que trate todos como se fossem… uma vovozinha, a quem se precisa explicar algo complexo, mas com muito amor e carinho no diálogo e nas falas, sem perder a base científica. Leve em consideração a visão de mundo e moral religiosa das pessoas. Inicie esse tipo de diálogo quando estiverem em um momento relax, e em tom de voz moderado, não esqueça.
Uma boa ação é convidar alguém para tomar um café, para que tenha os primeiros 30 minutos de papo. Comece falando de saúde e bem-estar, e como isso é valioso para todos à sua volta. Seja uma pessoa positiva e não fique se lamentando. Estimule a curiosidade, sempre!

Pergunte sobre a saúde física e sobre como está a cabeça? Só evite perguntar sobre o estado mental, ok?! Pode parecer ofensivo, mesmo que sua intenção não seja essa. Metaforicamente, é como ter o CBD e não ter o THC juntos no óleo: não gera o efeito entourage, combustível para os resultados.
Mostre casos reais, que vão impressionar qualquer pessoa:
Conte como ficou sabendo do assunto Cannabis Medicinal, e conduza a conversa para mostrar que enquanto o Estado negar o direito a uma opção terapêutica (e muitas vezes a última tentativa), continuará a apoiar essa causa nobre. Em seguida, dê tempo para a pessoa opinar, caso queira.
Assista o documentário Ilegal – A vida não espera, e apresente para as pessoas onde tudo começou, aqui no Brasil, em 2014:
Leve para o humor, quando achar importante sair do estado emotivo que o tema gera em nós, e impacta diretamente as pessoas com quem dialogamos a respeito. Seja gentil, não force a barra e nem sufoque a pessoa com tantas informações. Em cada afirmação que fizer, sugiro que pergunte: O que você acha?, Já ouviu falar?

Faça uma piada para desmistificar o tema cannabis. Exemplo que já ouvi: Não sei pra quê tanta polêmica! Alguma vez já imaginou uma velhinha assaltando um banco porque fumou um cigarrinho? Mostre esse vídeo de Laura Cardoso e José Wilker no filme brasileiro A Casa da Mãe Joana:
Ouvi uma boa piada, dias dessas: Tem uns religiosos extremistas e políticos que desprezam a vida e vem falar que “essa planta é proibida porque pode dar barato?! Ahhhhh, barato terei hoje quando comer aquele doce incrível que comprei. Isso sim que dá barato!” A risada é o melhor quebra-gelo de todos.

Volte a falar sério. Reavalie constantemente seus valores, sua ética – para saber quem você é. Seja educado, suave e não se irrite com perguntas inesperadas. Me perguntaram recentemente: Você participa de um monte de grupo que fala de cannabis. Isso não queima seu filme por aí? Explique que descobriu há pouco tempo essa informação científica sobre a saúde e cannabis, e isso fez você abrir sua mente. Se realmente for um remédio, capaz de curar pessoas, e estão dificultando o acesso direto a essa planta, com certeza ela é muito poderosa!
“Nem erva maldita e nem erva milagrosa“, como diz Margarete Santos de Brito, da Apepi. Apenas uma planta que tem químicas que podem ser controladas e comprovadamente em milhares de casos tem ajudado quem sofre com doenças neurológicas, dores crônicas e distúrbios diversos. Há uma lista de problemas de saúde que são tratáveis a base de cannabis nessa cartilha educativa de saúde sobre Cannabis Medicinal, criada pela equipe do Dr. Paulo Fleury Teixeira

Entregue informação confiável, especialistas no tema e mais provas científicas de que a cannabis deve ser vista como remédio, e não como droga. Ilustrações, vídeos e depoimentos em veículos de imprensa confiáveis e globais geram credibilidade, na abordagem do assunto:
Conheça algumas estatísticas oficiais e dados gerais (básicos) para que possa defender a causa da Cannabis Medicinal, para que consiga argumentar sobre o assunto em qualquer lugar:

Um toque rápido: cuidado com as paixões exacerbadas! Todas as situações têm dois lados, prós e contras, e você precisa assumir isso no diálogo e discursos sobre cannabis.
Há indícios de pessoas – que não podem com THC ou CBD – que surtam? SIM, mas são raros os casos de intolerância química com o óleo (com ajustes de quantidades de CBD e THC, substâncias químicas cuja interação gera o efeito entourage). Hoje, existem ferramentas capazes de indicar quais das substâncias podem fazer bem ou são excessivas no corpo humano e, inclusive, animal.
Quem explica muito bem como ocorrem as interações e os resultados químicos é o Neurocientista Fabrício Plamplona, referência internacional sobre o tema Cannabis e também seus usos terapêuticos.

Não minimize o problema de adolescentes fumando sem orientação. Seja adulto e trate seus filhos como seres pensantes, afinal, eles estão fazendo uma escolha nada boa para, principalmente, essa fase da vida. Quer umas dicas boas? Mostre os malefícios e não negue o barato, mas também converse sobre paranoias que acontecem ao se utilizar aquelas drogas que você já experimentou. Ninguém te contou isso, não é mesmo?

A pessoa está decepcionada com a humanidade e só tem sensibilidade com pets? Conta para ela que, quando o bichinho dela estiver doente e mais velho, talvez o óleo da cannabis possa prolongar a vida dele, geralmente, sem reações adversas. Veja e mostre um vídeo da americana que salvou a gata dela, já condenada à morte, dias antes, pelo veterinário. Em seguida, envie o link por WhatsApp, para manter o papo ativo. Assim você oderá argumentar e colher mais opiniões da pessoa.
Tá, mas se eu precisar ser mais objetivo, porque a pessoa com quem conversarei é totalmente visual? Se ela precisar de recurso claro, indico que baixe este aqui! Vimos o conteúdo no Instagram do Luciano Lima, pai de um garoto que precisa do óleo pra viver, fundador e gerente da ABRACE (Associação Brasileira de Apoio a Cannabis Esperança). O conteúdo original é do @TudoCannabis, no Instagram:


Depois, mostre como usam na ciência, por exemplo, a Cannabis Medicinal para tratar viciados em substâncias opiáceas nos Estados Unidos – e desde 2012, conhecemos alguns estudos no Brasil. A Cannabis já é apontada como uma planta capaz de produzir substâncias químicas que reduzem fissura por crack, heroína, cocaína, medicamentos para dores, entre outros.

Se precisar, pegue os dados com calma e LEIA! Não tem problema não armazenar gráficos ou porcentagens em sua mente. Seu cérebro não é um HD:
Depois de 60 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou agora, em 2018, para retirar o canabidiol da classificação de “droga”, porque tem comprovadamente uso terapêutico. Estudos e casos reais ajudaram grandes médicos e especialistas das ciências naturais (química, física e biologia) a tomarem essa decisão, que começa a estimular conhecer melhor a planta cannabis e suas propriedades químicas, para uso humano e animal.
O álcool mata, todos os anos, 3,3 milhões de pessoas em todo o mundo, número que representa 5,9% das mortes. Os dados, da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que o consumo da bebida chegou a 8,9 litros por pessoa no Brasil em 2016, superando a média internacional, que era de 6,4 litros.
Por dia, 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo. Conforme dados do Inca, 12,6% de todas as mortes registradas no Brasil são atribuíveis ao tabaco. Ao todo, 156.216 mortes poderiam ser evitadas todos os anos, caso o uso do tabaco fosse eliminado. No Mundo, 7 milhões morrem por ano pelo mundo.
Pesquisa da Fiocruz, divulgada em maio de 2019, e que o governo Bolsonaro censurou por não atender suas expectativas, trouxe à tona esse fenômeno. O relatório indica que 4,4 milhões de brasileiros já fizeram uso ilegal (isto é, sem indicação médica) de algum opiáceo. Número de pessoas que usaram analgélsicos como o OxyContin sem receita é o triplo das que experimentaram crack, e as vendas cresceram 465%.
Em 3.000 mil anos, desde as primeiras descobertas dessa panta, NÃO EXISTE UM ÚNICO CASO DE OVERDOSE COM CANNABIS. Trata-se de uma droga psicológica, não viciante, a ponto e espasmos ou necessidade imediata no organismo.
No cigarro há mais de 2500 substância tóxicas; inalamos monóxido de carbono, que são os resíduos dos combustíveis de carros no ar; Enchemos a cara de álcool, toma remédios, come lixos industrializados… Questione-se o que realmente nos faz bem e nos faz mal?

Entenda os jargões técnicos! Seja uma espécie de… cientista nesse cenário! Se os casos reais não mexeram com a pessoa. Se elas detestam gente e pets, e acham que nunca ninguém à volta vai precisar de cannabidiol para nada, essa pessoa cultua a ignorância e afasta a razão.
Esse ‘simples’ termo técnico é o mais comentado em todos os setores da sociedade que tratam sobre Cannabis Medicinal. “Eu vi minha irmã melhorar, funciona. Já não basta testemunhos?”, infelizmente não. Ciência é quando você prova algo, por meio de testes análise e acompanhamentos, até que após anos, com estudos muito bem debatidos, podem ser considerados científicos.

Mais conhecimento técnico. Os ensaios clínicos são um conjunto de procedimentos de investigação e desenvolvimento de medicamentos, que são realizados para permitir que dados de segurança (ou mais especificamente, informações sobre reações adversas e efeitos adversos de outros tratamentos) e eficácia a recolher para as intervenções de saúde. Clique aqui e observe como a ANVISA registra um medicamento, após todas as fases (acima).
Procure especialistas nas comunidades Green Science Times e converse sobre seu interesse em gerar evidências, para comprovar de uma ve por todas que ‘funciona’ a Cannabis para fins terapêuticos.

Por meios de conteúdo especializado e ético, a equipe do canal e rede Green Science Times pretende desmitificar (no dia a dia) o tema para garantir o direito à vida e o acesso a saúde de brasileiros. Somos informação e também comunidades para participar:
Site: www.greensciencetimes.com
Comunidade no Facebook: www.facebook.com/greensciencetimes
Instagram: www.instagram.com/greensciencetimes
LinkedIn: www.linkedin.com/groups/14052992
Bom, já investiu o tempo e a energia que pôde? Siga em paz, porque se a vida vale a pena para essa pessoa, talvez ela se lembre de algumas informações e lhe surpreenda, daqui a algum tempo. VAI SABER?! Se você seguiu as orientações dos especialistas ouvidos por nossa equipe, o trabalho de educação sobre Cannabis Medicinal foi iniciado, parabéns!
* Conteúdo especial produzido pelos editores do Green Science Times