Especialistas, pacientes e empresários da Cannabis Medicinal se reúnem na BA
No dia 19 de março aconteceu o evento “Cannabis medicinal, uma opção de tratamento” em Salvador (BA). O encontro reuniu médicos, cientistas, pacientes e empresários interessados em discutir os benefícios medicinais e terapêuticos da Cannabis. Informações científicas e mitos sobre a planta, de onde extraem-se o óleo de cannabidiol (CBD) e o THC – ambos, utilizados para tratamentos e curas de dezenas de doenças neurológicas e fisiológicas.
De acordo com o site Cannabidiol Brasil, que esteve com equipe no evento e ouviu especialistas: “Em 2014, quando a Anvisa autorizou a prescrição, era unicamente para epilepsia”, introduziu o médico Junior Gibelli ao portal.
“Depois disso, começamos a trazer pesquisas que já tinham sido feitas em outras partes do mundo demonstrando que a epilepsia é só uma das patologias que o canabidiol pode tratar porque o seu mecanismo de ação é homeostase, ou seja, o equilíbrio dos sistemas do nosso corpo”, completou o doutor, explicando que o tratamento de epilepsia acabou sendo uma forma “estratégica e comercial” para reconhecimento do canabidiol (CBD) e sua posterior utilização sobre outras enfermidades, como Parkinson, esclerose múltipla e fibromialgia.
Gibelli é diretor de assuntos médicos da HempMeds Brasil e falou sobre o desconhecimento e preconceito da classe médica a respeito da planta. “Muitas vezes os médicos nem sabem [o que é CBD], e essa falta de informação tem trazido um ônus muito grande para a sociedade baiana, porque nós temos pacientes que poderiam se beneficiar muito com um tratamento com canabidiol porque são refratários (resistentes) a tudo que o médico tentou. Se não tenho um médico que saiba prescrever, como esse paciente vai ter acesso?”, indagou o especialista.
Katiele Fischer e seu marido, Norberto, foram os primeiros no Brasil a conseguir autorização judicial para importação de canabidiol com o objetivo de aliviar as convulsões da filha Anny. Além das dificuldades da legislação brasileira, a mãe contou que o primeiro obstáculo para a aplicação do CBD foi o próprio preconceito.
“Minha criação foi assim: fui ensinada que, quando a pessoa fuma maconha, ela vai sair roubando, matando”, relatou Katiele
Presença ilustre, Cláudia Rodrigues é internada após o evento
A icônica atriz Cláudia Rodrigues, que faz uso de CBD para tratamento de esclerose múltipla, esteve no encontro e contou como conheceu o remédio.
“Soube do CBD por uma amiga cuja mãe tinha mal de Parkinson. Iniciei o uso em março do ano passado. Eu tomo um remédio muito forte que trinca minha boca, parece que estou drogada. Com o canabidiol, eu relaxo. Faz uma diferença enorme”, afirmou a atriz, que ficou anos afastada dos palcos e telas por causa da doença, mas conseguiu voltar a atuar em setembro do ano passado…
Leia mais no site Cannabidiol Brasil