Clube de Cannabusiness em SP reúne profissionais atuantes e interessados no mercado canábico
O mercado da cannabis é projetado em 45 bilhões de reais no Brasil, caso o país chegue a uma regulamentação que permita cultivo e exportação da planta, e, mesmo enquanto as coisas ainda não chegam nesse patamar, muitos profissionais brasileiros já estão se mobilizando, trabalhando ou pesquisando, sobre o mercado canábico.
Na noite de quarta-feira, dia 4, uma seleção desses profissionais, de áreas como engenharia, medicina, direito e farmácia, se reuniram no Clube de Cannabusiness, em um hotel nos Jardins, em São Paulo, para conversar sobre as possibilidades e projeções desse mercado.
Renata Monteiro, farmacêutica da CULTIVE, Associação de Cannabis e Saúde, membro da Diretoria da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis e Diretora Científica do INSTITUTO JUREMA, foi uma das presenças.
Ao Green Science Times, Renata, que é referência no mercado, falou um pouco sobre a importância da padronização dos medicamentos à base de cannabis – e da possibilidade de farmácias de manipulação trabalharem com eles:
“A padronização é essencial, porque é um medicamento como qualquer outro, e todos precisam ter uma padronização, porque a cada lote precisamos do mesmo medicamento. A padronização inicia desde o cultivo, até a produção e manipulação desse produto. A farmácia de manipulação é extremamente importante porque é a única que é capaz de fazer esse produto tão individualizado, personalizado, que a terapia canábica necessita.”
O advogado Juliano Vieira Gonçalves, que faz parte de um grupo que está à frente da criação de uma associação de pacientes em Campinas, contou como entrou na área canábica:
“Me envolvi porque tem um guerreiro chamado Leandro Negreti [do Clube de Cannabusiness de Campinas], que tem uma luta, por conta de sua epilepsia, que é inspiradora pra todos nós. Ele me ajudou para que eu pudesse dar um amparo jurídico a tantas pessoas que o procuravam. Percebemos que o caminho mais seguro era o da associação – estamos em um processo de pensar medicina, negócios e direito, para que todos que foram em nossos encontros, mais de 40 pessoas até agora, possam ter um amparo digno.”
Uma nova reunião está programada para dia 18 de março.