Gestão & Pessoas: Assédio Moral no cenário da Cannabis Medicinal, Terapêutica ou Industrial

Por Thiago Ermano | 17 de agosto de 2023

O assédio moral no ambiente do trabalho pode se manifestar de diferentes formas e afetar não apenas os contratados, mas também os contratantes. Poder ocorrer nas relações entre o poder público e fiscalizados por ele. É crucial estar atento aos sinais de assédio, tanto no ambiente físico quanto online, e buscar soluções e apoio quando necessário para garantir um ambiente de trabalho saudável e respeitoso para todos e todas.

No artigo, abaixo, abordo alguns tipos de assédios frequentemente vivenciados por profissionais à minha volta, e precisamos falar desse assunto!

Desta vez, vou falar também a possibilidade de profissionais contratantes serem vítimas de assédio por parte de prestadores de serviços contratados, quando algo não sai como planejado.

O assédio moral no trabalho pode assumir várias formas, mas todas têm em comum o objetivo de expor, perturbar, humilhar, constranger ou desvalorizar um indivíduo. Algumas das formas mais comuns incluem:

1 – Assédio verbal: manifesta-se por meio de pressão psicológica e/ou insultos, xingamentos, ameaças, comentários depreciativos ou palavras que depreciam a imagem do colaborador/contratante perante seus colegas ou superiores;

2 – Assédio psicológico: ocorre quando o assediador/assediadora utiliza a intimidação, a manipulação ou a exclusão social para prejudicar a saúde mental e emocional do assediado;

3 – Assédio sistêmico: caracteriza-se por práticas organizacionais, que expõem o colaborador/contratante a um ambiente hostil, como excesso de carga de trabalho, desqualificação constante, metas inatingíveis, entre outros;

4 – Assédio sexual: assédio, envolvendo abuso, comportamentos indesejados com conotação sexual ou exigência de favores desta natureza em troca de promoções ou manutenção do trabalho.

Além desses tipos comumente conhecidos, é importante destacar que contratantes também podem ser alvo de assédio moral quando algo não sai como esperado.

Nesses casos, os contratados podem utilizar diversos meios para desrespeitar, constranger ou culpar seus contratantes pelo fracasso de determinado projeto.

Um exemplo disso seriam profissionais autônomos ou prestadores de serviços, que podem utilizar a internet e redes sociais para difamar, insultar ou ameaçar seus contratantes de forma online, caso sejam antiéticos, claro.

É fundamental ressaltar que existe uma diferença crucial entre “entrar em contato pelo WhatsApp” e realizar um assédio moral pelo WhatsApp.

Esse comunicador pode ser uma ferramenta eficiente no ambiente de trabalho e trazer agilidade para a resolução de problemas cotidianos. Entretanto, quando o contato pelo WhatsApp é feito com a intenção de pressionar psicologicamente, humilhar, ameaçar ou constranger o outro, isso se configura como um assédio moral.

Nesses casos, as mensagens podem ser repletas de tom “passivo-agressivo” até contendo palavras agressivas, insultos, ameaças injustificadas, entre outros comportamentos inadequados e que devem ser corrigidos.

Para identificar se você é assediado ou até seja um assediador/assediadora no trabalho, aqui vão algumas dicas úteis:

a) Observe a linguagem usada: um assediador/assediadora frequentemente utiliza palavras agressivas (seja de forma calma, agressivo-passivo, seja de forma irritada) com depreciações, insultos ou termos que visam diminuir o outro;

b) Preste atenção aos comportamentos: atitudes de intimidação, exclusão social, manipulação emocional (palavras doces para obrigar a realizar favores) ou por meio de desqualificação constante, são indicativos de assédio moral;

c) Verifique a recorrência: o assédio moral é caracterizado pela frequência dos comportamentos inadequados no ambientedo trabalho. Se você perceber padrões negativos constantes, é importante estar atento e comunique sua chefia imediata, caso seja colabor/colaboradora ou acione os departamentos de Gestão de Pessoas e Jurídico, no caso de contratantes;

d) Converse com colegas de trabalho: muitas vezes, outros profissionais também são vítimas do mesmo assediador/assediadora. Trocar experiências e informações pode ser útil para confirmar a presença do assédio e buscar soluções em conjunto;

e) Busque apoio: se você acredita estar sofrendo assédio moral no trabalho, é importante buscar apoio com profissionais éticos, seja através de amigos, familiares, recursos humanos ou profissionais do direito, especializados em lidar com casos de assédio.

Seja no cenário da Cannabis ou em qualquer outro, assédio é crime e passível de processos jurídicos. Não aceite e não cometa esse crime! Todas e todos os profissionais que atuam em prol vida merecem respeito e apoio.

* Thiago Ermano, Networker e especialista na formação e Gestão de Redes Humanas, para projetos e negócios. Presidente do Conselho Gestor da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (ABICANN) e se dedica à formação e gestão de redes de relacionamentos humanos pela agência Comunicar Bem.

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