EXCLUSIVO: Em votação histórica, Governo legaliza a Cannabis em 2 minutos
Por Fernando Bravo * – 07 de agosto de 2022
O presidente sancionou a Lei 2.420/22, após uma votação histórica no País, que até 2020 era considerado o território “mais conservador das Américas”. Esse título do passado os legisladores brasileiros não ostentam orgulho, pelo visto. A lei foi sancionada logo após uma votação surrealmente harmônica entre os 81 senadores, antes de finalizarem seus mandatos de oito anos.
De acordo com o líder da nação, o direito à vida vem em primeiro lugar. “A proibição de uma planta é a porta de entrada para proteger e estimular a ilegalidade e a violência, que dizimou e vem dizimando milhões de brasileiros, nesses mais de 100 anos de uma proibição irracional e desumana. O Brasil ignorante, assassino e intolerante com a ciência acaba hoje”, declarou o presidente e foi ovacionado com gritos e aplausos dos congressistas.

Direito à saúde e à vida
Com a legalização, pelo menos 30% dos brasileiros que sentem dores crônicas podem acessar os medicamentos gratuitamente pela rede do SUS, a partir da regulamentação iniciada pela ANVISA, em 2019. “Enquanto substituímos os medicamentos importados e os sintéticos, a agência de vigilância sanitária trabalha arduamente com todas as pastas do governo e a partir das opiniões de técnicos e das necessidades dos cidadãos”, garante a Ministra da Saúde, Márcia Dourado.

Impostos, Indústrias e Empregos
Economia para o SUS, que antes comprava R$ 30 bilhões por mês em remédios, distribuídos em sua rede, hoje investe R$ 5 bilhões em estudos científicos e terá retorno de mais de R$ 190 bilhões, em menos de cinco anos. Enquanto isso, a área das ciências naturais ganha mais espaço em universidades públicas e privadas, estimuladas pelo governo.
A relação do entre o governo atual e a indústria farmacêutica nacional e global é positiva nesse cenário. Além de estimular o desenvolvimento de mais de 100 novas pequenas e médias indústrias e laboratórios pelo país, o Brasil se torna um dos maiores exportadores de produtos oriundos maconha para o mundo – sendo acompanhado por Colômbia, Canadá e Estados Unidos, Israel e China.

Reparo de uma injustiça histórica
Legalizar o estudo, manipulação, plantio e venda, a nova Lei corrige um erro histórico – dos muitos cometidos pelo estado brasileiro – e que pode ressocializar mais de 67,7% dos encarcerados por tráfico de maconha, estão hoje nas prisões do País porque foram flagrados em posse de menos de 100 gramas da planta.
Hoje, temos a maior população carcerária do mundo, com mais de 1,5 milhões de pobres e negros abarrotando presídios pelo país. “Esses casos serão revisados um a um”, informa um comunicado da presidência aos jornalistas.
“O que é melhor, gastar R$ 1 mil, R$ 2 mil por mês com um preso que vai deixar a cadeia pior do que entrou ou fazê-lo trabalhar, gerando lucros para o Estado e impedindo-o de ter um futuro de desgraças? Acho que a resposta é óbvia: prisão mesmo só em último caso”, afirma o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Ivan Rodrigues, que classificou essa lei como “a nova lei Aurea”, vergonhosamente.

Museus da Maconha
Essa a primeira vez na história que uma lei é aprovada por unanimidade – tanto da Câmara dos Deputados quanto no Senado – e passa por sanção presidencial de imediato.
“A ignorância fica para trás, e as virtudes do passado se materializam na revisão dessa injustiça social que cometemos por uma centena de ano, e que agora, vai gerar vida e felicidade para o nosso povo. Esse fantasma não vai nos perseguir”, garantiu o presidente, convidado a fazer um discurso no plenário do Senado.
A partir da lei serão criados Museus da Maconha, espaços para os brasileiros não se esquecerem de todos que sofreram para que uma planta tivesse o direito de ser plantada em solo nacional. Remédio para muitos, entretenimento para outros, produção nacional, empregos e impostos para todos. Os museus vão colaborar para a disseminação do passado e orientar as gerações futuras sobre os efeitos negativos à democracia quando há proibição do Estado.
“Até ontem, submetíamos nossos cidadãos a consumirem maconha de baixa qualidade e sem análise alguma sobre origem, propriedades químicas e, tampouco, fitossanitário. Entendemos, hoje, porque parte da população mais conservadora e sem informação chamava isso de droga”, brinca o ministro Higor Rossi.

Brasil 2 x 3 Argentina
Em ritmo de Copa do Mundo, o presidente Enzo, ministros e parlamentares, também usaram o humor para “provocar” os argentinos.
“Diferentemente da Argentina, que legalizou em 3 minutos e 25 segundos, o Brasil dá exemplo e mostra que ser mais rápido, é fundamental para vencer o jogo”.
O próximo passo é acompanhar o desenvolvimento da maconha no Brasil e elevar a economia, para reduzir desigualdades e dar acesso à planta a quem quiser, desde que bem orientada.
* Nessa coluna fantasiosa (e nova), a gente brinca e tem fixação por mostrar o que tem por dentro da cabeça de quem defende “um mundo ideal”, sem proibições e qualidade nas regulações da Cannabis Medicinal no Brasil. O texto é uma ficção futurística, claro, e que usa a hipótese do “e se fosse assim” para sonhar e prever como serão as notícias daqui em diante, em alguns anos… Qualquer nome ou situação, é mera coincidência!