“A cannabis salvou minha vida, e pode salvar a vida de milhões de pessoas…”

Sou Cristina, tenho 48 anos e a cannabis salvou minha vida, e pode salvar a vida de milhões de pessoas. Sim, sou recém-despertada no florescer canábico.

Mãe de uma moça linda de 20 anos, sou jornalista, bailarina, trabalho com grupos de mulheres no Despertar das Energias Femininas. Ativista feminista e de esquerda. Começo hoje minha contribuição com a sociedade e com o ativismo da cannabis, relatando como esta sendo minha experiência com essa planta abençoada, que aflorou o que há de melhor em mim.

Me devolveu a capacidade de usar minha cognição de forma integrada aos meus projetos. Meu sorriso é largo, hoje. É meu desejo que outras pessoas possam ter acesso e melhor qualidade de vida.

A intenção é levar um pouco de conhecimento para quem ousar tirar o véu do preconceito de sua mente. Milhares de pessoas estão fazendo uso de CDB/THC, princípios ativos da erva.

Em algum momento da minha vida, como na vida de qualquer pessoa, me desconectei da minha “loucura interna”, da minha essência, da minha beleza e adoeci das emoções, quis deixar de existir, quis morrer e nada, nada fazia sentido.

Perdi o emprego, meu noivado foi por água abaixo, minha filha ficou internada, perdi uma ação na justiça dada como ganha. Literalmente desabei. Claro que isso virou um CID 10 F32, logo depois o diagnóstico de fibromialgia.

Sentia-me defeituosa, um nada. Tive vergonha de mim mesma. Ou seja, visitei e vivi, durante anos, no famoso “fundo do poço”. Mas, sobrevivi e renasci das cinzas emocionais depois de começar o tratamento canábico.

Desde 2010 fiz uso frequentes de antidepressivos e seus coleguinhas “controladores de humor”. Fui diagnosticada bipolar. Fiquei afastada do trabalho por 2 x pelo INSS por causa das crises. Desde essa época que a vida não tinha sentido pra mim. Perdi a conexão com a alegria.

Essas drogas (essas são as verdadeiras drogas) me fizeram muito mal, muito mal mesmo. Deixavam-me feito gado, anestesiada sentimental e emocionalmente, meu cognitivo virou como piscina infantil: raso! Me sentia burra, fora de contexto. Durante anos meu raciocínio era lento, era torpe. Vivi uma semi vida, mas estava medicada e sem crises.

A vida tinha tons pastel, nada de rosa choque ou negro, um meio termo fake.Por anos (de 2010 a 2018) tomei todo tipo de medicamento: venlafaxina, pamelor, pondera, sibutramina, duloxetina, risperidona, sertralina, citalopram, litio, ludiomil, e tantos outros que não me lembro.

Cada mudança de medicação era uma morte pra mim. Esses remédios me desconectaram da minha beleza, da minha vida, da minha loucura interna. Eu morri por anos, não tinha sonhos nem objetivos porque a vida iria acabar em breve. Sem contar que a libido era inexistente, uma horror. Sim, eu tive desejos de suicídio, mas, sempre fui covarde para isso.

Em janeiro deste ano inicie o tratamento com CBD, apresentado pela psicóloga Angélica Ramos, minha querida amiga. Renasci das cinzas emocionais, como Daenerys Targaryen. Tenho estudado sobre os benefícios do tratamento e agradeço todos os dias o meu santo Sistema Endocanabinóide, ele pode te salvar assim como salvou minha vida.

Formalizei o tratamento após consulta médica com o querido Dr. Paulo Fleury Teixeira. Conheci várias associações como a Mãesconhas Associação Cannábica do Brasil, mulheres lindas e famílias lutando pela medicina de seus filhos com autismo.

Estou mooointo mais produtiva, mais ativa física e intelectualmente, voltei a dançar e criar. Não tive em nenhum momento desde então qualquer sinal de crise bipolar ou ansiedade. Consigo trabalhar e viver muito melhor. Posso dizer que sou outra pessoa, outro ser social, me sinto mais participativa e atuante como cidadã.

Conectada com o fluxo da vida. Essa partilha é muito sincera e importante pra mim, pois acredito que muitas outras pessoas com transtorno mental ou qualquer outra enfermidade podem e devem procurar tratamento com a Canabis Medicinal.

Fonte: Hempadão

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