CEO da Dr. Cannabis fala sobre cenário no Brasil: ‘Evolução depende de conhecimento e adesão de pacientes e médicos’

Viviane Sedola falou sobre telemedicina e sobre o CNABIS, 1º Congresso Digital de Cannabis Medicinal, que deve atrair 10 mil pessoas

Por: Stella Maria Autuori – 15 de julho de 2020

Viviane Sedola é um dos rostos mais conhecidos na esfera da cannabis medicinal brasileira. CEO da plataforma Dr. Cannabis, que facilita acesso a médicos prescritores e aos produtos à base de cannabis, ela foi eleita uma das 50 mulheres mais influentes do mundo da cannabis pela High Times Magazine.

Em conversa com o Green Science Times, Viviane falou sobre o 1º Congresso Digital de Cannabis Medicinal, o CNABIS, que acontece entre 4 e 6 de agosto de 2020 – organizado pela Dr. Cannabis. Online e gratuito, ele deve atrair até 10 mil pessoas, entre médicos, pacientes e interessados no assunto.

Quando um paciente tem uma doença ou condição que pode ser tratada ou aliviada com a cannabis medicinal, muitas vezes ele não encontra um médico que tenha conhecimento suficiente sobre uso e dosagem dos produtos da planta, o que ainda é um empecilho muito grande na área. É aí que entra o CNABIS:

“Temos mais de 1.100 médicos em nossa rede e cerca de 90% deles indicam ter interesse mas ainda não se sentem aptos a prescrever, de fato [a cannabis medicinal].

O CNABIS foi idealizado para criar uma trilha de conhecimento que levará esse médico interessado alguns passos adiante no sentido de começar a usar a cannabis como ferramenta terapêutica em seu consultório.

Aqueles que já vinham estudando e buscando conhecimento, potencialmente podem decidir começar após o evento. Aqueles que estão chegando agora, encontrarão no CNABIS um primeiro passo importante e profissionais muito experientes em quem se inspirar”, afirma Viviane.

O Congresso irá reunir nomes como Dr. Luis Otávio Caboclo, Dra. Patrícia Savoi, o farmacêutico Fabrício Assini e o israelense considerado o pai do CBD e THC, Professor Raphael Mechoulam, entre outros.

A Dr. Cannabis foi uma das pioneiras em telemedicina, assim que o Conselho Federal de Medicina, CFM, regulamentou os atendimentos online, em meio à pandemia de coronavírus. Sedola afirma que o volume de pacientes dobrou com a prática:

“Era algo que tínhamos planejado em termos tecnológicos mas que estava à margem da regulação. A ferramenta deu a possibilidade de pessoas em áreas remotas ou onde ainda não há médicos prescritores fazerem consultas com especialistas experientes em terapia canabinóide. O volume de consultas dobrou no primeiro mês e mais pessoas puderam ter acesso [aos médicos e tratamentos].”

Viviane contou que ansiedade e insônia são os dois maiores motivos pelos quais os pacientes têm procurado tratamento com canabinóides: “Condições certamente potencializadas durante a pandemia. A cannabis pode ser uma ótima ferramenta terapêutica neste sentido.”

Mesmo com a alta do dólar atualmente no Brasil, a plataforma tem buscado formas de garantir que seus pacientes continuem seus tratamentos – que usam produtos derivados da cannabis cujos insumos são majoritariamente importados:

“As marcas acataram a nossa sugestão de abaixar os valores não apenas por conta da pandemia mas de forma definitiva. Temos sentido preços cada vez menores. Por exemplo, um produto full spectrum da marca Formula Swiss com 300mg de CBD por 17 dólares + frete.”

Por fim, ela deixou a que considera a mais importante mensagem em relação à planta no Brasil:

“O Brasil deu passos importantes, mas ainda há muito a evoluir. Essa evolução vai depender da adesão de pacientes, médicos e conhecimento de todos sobre o tema. É fundamental que as pessoas acessem informações corretas, portanto, convido todos a que participem e divulguem o CNABIS.”

Informações pelo site: www.drcannabis.com.br/congresso

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